Paródia - Canção do meu Exílio Contemporâneo
O poema abaixo é uma paródia da Canção do Exílio.
Na verdade, é uma brincadeira feita, com certa ironia, em relação a política. Todos nós sabemos que existem políticos honestos. A crítica apresentada logo abaixo é direcionada aos políticos que não respeitam a importância da classe.
O poema expressa o ponto de vista do "eu-lírico", espelhado em Gonçalves Dias (Romântico) e no Barroco Gregório de Matos.
Ele está construído em Redondilha Maior, assim como o original de Gonçalves Dias.
Agradeço a opinião do escritor Alessandro Reiffer.
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Canção do meu Exílio Contemporâneo
Minha terra tem políticos
Que só sabem pelejá;
As pestes, que aqui se ofendem,
Não insultam como lá.
Nosso fel tem mais estrumes,
Nossas pragas têm mais dores,
Nossos pobres têm mais dívidas,
Nossa dívida em favores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais mutreta encontro lá;
Minha terra tem políticos
Que só sabem desviá.
Minha terra tem feitores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais propina encontro lá;
Minha terra tem políticos,
Que não sabem respeitá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que discuta os valores
Que não troque por votá;
Sem qu’inda aviste os políticos,
Que não pensam corruptá.
Giovani Pasini - 12/03/2012
Esse poema foi que li do blog de Pasini, e que quis copiar aqui...
Um poema simples, direto...Claro!
Esse poema foi que li do blog de Pasini, e que quis copiar aqui...
Um poema simples, direto...Claro!
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